Eu sei, eu prostituia meu corpo sempre que você vinha só atrás de um sexo casual, que por sinal eu sempre cedia.
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Eu sei, eu prostituia meus sentimentos sempre que eu os colocava ao seu serviço, quando na verdade você sempre fez pouco caso.
Eu prostitui minha vida inteira ou uma grande parte dela, por um amor barato, medíocre e egoísta, mas era o que cê tinha pra da, e eu me convencia que não encontraria alguém melhor que isso, porque você sempre usou a teoria do "Você é minha" ou "Só eu te quero".
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Que grande bosta cê é.
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Eu sei, eu prostituia meu corpo todas as vezes que eu fazia o que não queria, porque era pra te agradar, e depois de gozar cê virava pro lado e dormia, como se nada tivesse acontecido.
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Você caro leitor talvez esteja horrorizado com as palavras as quais usei, mas cê fez isso incontáveis vezes, eu sei, e não te julgo. Já fiz muito.
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Eu prostitui meu corpo, meus sentimentos, minhas vontades, meu desejos, meus planos e meus projetos. E tudo isso pra que?
Quando a gente coloca o outro na palco principal do cinema, deixamos de ser atores coadjuvantes e passamos a ser plateia. Damos ao outro o controle da nossa vida, e isso não pode acontecer repetidas vezes. Isso daqui não é uma série com várias temporadas, garota!
Isso aqui é a porra da tua vida, então toma as rédias de volta e vai viver.
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Eu prostitui meu corpo, meus sentimentos, minhas vontades, meu desejos, meus planos e meus projetos. E tudo isso pra que?
Cá estou eu a te escrever sobre a forma como me dediquei a um amor barato que nem era amor, estava longe de ser amor.
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Eu me prostituia por tão pouco, quem nem julgo quem comeu migalhas embaixo da mesa. Porque no fundo o cara tinha medo da primeira dama poderosa que cê é.
Eu me prostitui por muito pouco, para entender que hoje, não há nada nem ninguém que consiga pagar meu real valor.
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Eu sei, eu prostituia meu corpo sempre que você vinha só atrás de um sexo casual, que por sinal eu sempre cedia, só que agora o jogo virou e quem vive das minhas migalhas embaixo da mesa é você.
A prostituta virou artigo de luxo, e o que cê tem no bolso não paga nem a saliva do meu beijo.
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Por Mary Aguiar