I
O que é que há ?Eu, o Zé ,
Sabem como é?
Minto...Muito minto.
É meu jeito de ser:
Mentir pra valer!Qual é?!
II
Minto bastante. Não sou como
Alguns manés que trocam
As mãos pelos pés,
Que fingem não mentir,
E mentem sem sentir
Que vivem a mentir.
III
Muito muito.
E falo bobagens, né?
Mas há quem goste
E até me siga por causa
Das minhas mentiras
E bobagens, pois é!
IV
Eu, o Zé , sabem como é?
Minto muito.E daí?
É pecado mentir?
Fazer zoada,
Na bobajada,
É pecado?
Qual é?!
V
Tenho ciência
Que me chamam
De paspalho, arruaceiro,
Covarde, ciri na lata
E encrenqueiro!
Qual é?!
Eu, o tosco Zé,
Não estou nem aí, pois é!
VI
Pecado é fingir que não mente,
E tão somente vive a mentir.
Não é?
Pecado é, fingir
O que não é,
Pois não dá pé!
Sou, o que sou:
O bronco Zé!
VII
Vivo a mentir...
A falar besteira, um monte
De asneiras, né?
Não nego, nem renego
A condição de mentir.
VIII
O mentiroso não sou
Eu, o Zé.
Digo e redigo que costumo
Dizer abobrinhas,
Coisas mesquinhas,
Que faço pilhérias
Pra turma rir com minhas
Inúteis trocinhas!
Qual o perigo?
Tudo sem graça!
Por que dizer que é pirraça?!
IX
Faço gracejo, mentido à beça,
Hilária trepeça :
Mentindo por mentir,
Mentirinhas bobas,
Sem que minhas mentiras
Possam a alguém ferir!
Mas por calúnia dizem que
Minhas brincadeirinhas
São ervas daninhas
Que ferem gente,
Que sou um estúpido,
Intelectualmente um indigente!
X
Mentiroso pra valer,
É quem vive a inventar
Mentira, e dela,
Proveito tira
Para prejudicar
Alguém!
XI
Minto muito.Sinto
Quando tudo bastar
E eu não puder mais mentir
Para distrair wuem gosta
De minhas bobojadas,
Minhas tiradas
Sem graça alguma
E um monte
De mentiras ouvir!
Pois é!
É preciso pastar!
- Autor: Poeta (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 23 de maio de 2021 09:12
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 32
Comentários2
Nossa, simplesmente esplêndida a forma como conduzistes a narrativa! O texto fluiu de uma forma cativante e leve! Parabéns caro poeta!
Caramba... não sei porque ao ler me lembrei de um general, que foi ministro e coisa tal. Mentiu cartoze vezes. Em conta de mentiroso sempre aparece o n. sete. No caso deste general, fez uso de dois setes. Acho que foi para avalizar as mentiras.
Abraços mestre, Jucklin
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