Como um êxul leproso que se cura
Da lazeira que o tanto enfraquecia,
Mesmo morto, deixei a sepultura
Como um ato de atroz necromancia.
Minha carcaça gélida e obscura
E minha pele ressecada e fria
Foram, num só bafejo de loucura
Transformadas num corpo de alegria.
Eu retornei mais louco do que nunca,
Como um rato que torna a uma espelunca
De que nunca dev'ria ter saído!
Como a traça que almeja o guarda-roupa,
Meu coração explode e não me poupa;
Eu voltei como um rato — enlouquecido!
- Autor: Qorujo (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 30 de abril de 2021 00:07
- Comentário do autor sobre o poema: Eu voltei.
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 16
Comentários1
Sim voltaste e com força. Sua poesia é forte. Estou me fartando em seus poemas.
Abraços.
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