Paulo Roberto Varuzza

Lídia Helena


Aviso de ausência de Paulo Roberto Varuzza
NO

Lídia Helena,
Eu te amei demais,
Mais do que o meu coração
Podia carregar de amor.
Mas não te desejei,
Nem em sonhos.

Lídia Helena,
Eu só a tocava com meus olhos,
Que só viam o seu rosto lindo,
Pois minhas mãos tinham medo de tocá-la
E meus braços eram curtos para alcançá-la e abraçá-la.

Lídia Helena,
Você despertou em mim um imenso amor,
Junto com o medo,
Medo de não saber como te amar.

Lídia Helena,
Eu não possuía a riqueza que você queria,
Eu só tinha futuro, amor e medo;
E se você viesse a me amar?

Lídia Helena,
Eu a abraçava,
Deitava no seu colo e você me acariciava,
Mas só em sonhos,
Onde o irreal é quase que real
E a imaginação pode voar alto,
E engana a gente e a mente,
Mas ele acaba, infelizmente,
E seu fim é o fim de gente sonhadora.

Lídia Helena,
Você foi um sonho que se derreteu
Como o sal nas minhas lágrimas
Que já foram muito choradas por você
E molharam o meu amor,
Que enrugou, não de velho, mas de frio
E, sem o calor do teu amor, morreu.

Lídia Helena,
O seu desamor era,
Como uma hera que vai crescendo
E cobrindo o chão de terra estéril do teu coração,
Enchendo de raízes e tecendo uma rede,
Encobrindo os buracos que torcem os pés distraídos
De quem anda a esmo procurando
O seu rosto que já foi lindo.

Lídia Helena,
Sofre muito a minha alma
Em ter quase certeza que você se não lembra de mim,
Muito eu a amei, então muito eu me lembro de você.

Lídia Helena
Nem a carta de adeus que você me deu
Eu guardei.
Ela estava molhada e manchada
Com minhas lágrimas

Lídia Helena,
Você foi embora
E me não deu nenhuma lembrança,
Sacia-me a lembrança que está no meu coração
Que teima em te não esquecer,
Apesar do teu adeus.

Lídia Helena,
Espero que tu tenhas sido feliz nos braços de outro.
De quem muito te amou:
Terno adeus.

  • Autor: Toio Varuzza (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 10 de Abril de 2021 10:39
  • Categoria: Amor
  • Visualizações: 8

Comentários1

  • Maria dorta

    Uma declaração de amor e despedida. Dor contida. O poema absorve.



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