Da Arte de Escrever

Marçal de Oliveira Huoya

É como se a pele ardesse, constantemente,
E de repente, sentisse tudo ao redor,
Ao mais leve movimento,
Na mínima fração de tempo,
Ao primeiro raio de Sol;
Cada coisa que brilha,
Cada ser vivente que se move,
Tudo que alegra e maravilha,
Cada sentimento que comove,
Tudo que é lágrima ou sorriso,
Tudo que parece um aviso;
Cada vento, cada brisa,
Tudo, tudo que a alma precisa,
Tudo que dança ou que celebra,
Tudo que é desejo ou repulsa,
Tudo o que ilumina ou que cega,
Tudo, tudo que sangra e que pulsa,
Tudo que afirma e que nega
Tudo que esfria ou que esquenta,
Tudo que esconde ou que revela,
Tudo que resiste ou não agüenta,
Tudo que é sagrado ou é profano,
O que acende ou que apaga uma vela,
Tudo que é divino ou é humano,
Tudo que morre, vive e se reproduz,
Tudo que é breu ou que é luz,
Tudo que é Terra ou Universo,
Deus criou e abençoou,
E disse, tudo isto é Amor,
E que seja cantado em prosa e verso..

  • Autor: Vênus (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 29 de março de 2021 19:18
  • Categoria: Reflexão
  • Visualizações: 23
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