NÓDOAS VICEJANTES

Alberto dos Anjos Costa

 

 

Ainda que serôdio, lerdo e pausado, o Judiciário é letárgico, anacrônico e malogrado; dependente dos terceirizados, agilizando um poder estagnado! Segue sendo injudicioso em sua morosidade, mostrando ser um privilegiado poder desonroso pela vagarosidade. Desdenhável empáfia e arrogância de serventuários, com sua indolência em exorbitância; sobrecarregam o labor de estagiárias, na lerdice processual em destemperança!

 

Judiciário de benesses e regalias,

com o nepotismo e iniquidades!

Em sua essência carcomida,

aprecia a secular morosidade!

 

A lei é deveras um engodo,

ao preceituar sem nenhum estorvo,

que perante ela somos iguais,

e que julgamentos justos são vitais!

 

Mas não é isso que se vislumbra!

Pois, o rico é o privilegiado;

o pobre vive na penumbra,

com seus direitos vilipendiados!

 

Oh! Promotores de Injustiças;

que parecem resquícios da Inquisição!

Sua ideologia é morrediça,

pela prepotência da acusação!

 

Ah, vida! De iniquidades profundas,

despojando direitos em atos  sem probidade!

Eleges almas infamadas e infecundas,

que reprovam o bem, em prol da pravidade!

A injustiça; aprova-a com entusiasmo!

A honradez; deixa-a quebrantada e desfalecida!

Oh, Judiciário! De escopo torto e aleijado!

Por que sua tenção foi prostituída?

 

Brasil! O que fizeram de ti?

Com seu povo acovardado,

pela submissão em seu sentir!

Com seus anseios postergados,

e o sofrimento a lhe suprir!

Com suas preces sem resposta,

e suas coragens arrefecidas!

A elite sempre disposta,

a fingir que não é bandida!

 

Política de elites,

financiando governantes,

hipocrisia em acinte,

elegendo o repugnante.

 

Brasil mistificado,

por partidos em conluio,

anacronismo abençoado,

pelos eleitores do esbulho.

 

Escolha de fantoches,

em defesa de interesses;

patriotismo em deboche,

protegendo nobres burgueses.

 

Poucos privilegiados,

dominando grandes riquezas,

milhões de infortunados,

garantindo sonhos da realeza.

 

Em concordatas e falências,

o seu lucro é descomunal,

empresas falsas em evidência;

notas frias em conluio fiscal.

 

Corroboram com propinas,

subornando servidores,

são como aves de rapina;

são argutos astutos traidores.

 

Pobreza destroçada,

prostituída pelo Poder,

a ignorância é semeada;

é o mais forte a vencer.

 

Os políticos na hipocrisia,

em defesa do despojar,

interessa-lhes a paralisia,

vendo sua gente a se ajoelhar.

 

E por falar em parasitas!

Como está a saúde pública?

Não tem paciente que resista,

à desgraça ingente e túmida!

 

Oh! Pobreza desvalida!

Vendo os seus filhos a morrer!

Suas lágrimas são espargidas,

por erros médicos a se esconder!

 

O Estado é o guardião,

da saúde de nosso povo!

Assim diz a Constituição!

Mas nos tratam como bobos!

 

Pagamos tantos impostos,

para um governo que nos insulta!

Lava Jato, Mensalão e outros troços,

faz da nação uma prostituta!

 

Nossa gente semianalfabeta,

foi estratégia capitalista;

mão de obra barata e certa,

para uma ignorância sufragista!

 

Manipulação de mentes,

com artimanhas astuciosas!

Nosso povo sempre contente,

na obediência cega e vitoriosa!

 

Desestruturada Educação,

para formar a subserviência!

O antipatriotismo era a solução,

para não ter heróis em resistência!

 

Sem identidade e sem cultura,

nossa gente ainda está!

República libertina e espúria,

sustentando marajás!

 

Notória mácula em advogados,

que participam de imoralidades!

O seu preço é homologado,

em conluio com as duas partes!

 

Ávidos se locupletam,

por artimanhas latentes!

Más intenções que revelam,

que o dinheiro é onipotente!

 

Oh! Padres pedófilos,

desonrando pelo prazer!

Os meninos não são mais católicos,

pelas feridas e pelo sofrer!

 

Oh! Pastores enganadores,

em sermões repetidos e artificiais!

Os dízimos vão para investidores,

afiançando a pobreza de fiéis serviçais!

 

Vamos ater aos médicos,

com seu o seu voto proeminente!

Seus estudos não formam néscios,

pelo conhecimento complexo e eminente!

 

Mas em todas as profissões,

têm os bons e os maus!

Existem muitos charlatões,

que são uns putos caras de pau!

 

Quantos médicos mercenários,

que lucram com as doenças!

São sôfregos pelos honorários!

Doutores negociando a indecência!

 

Com o juramento hipocrático sepultado,

pela vida de pacientes em comércio!

O seu poder é transplantado,

para fins agora maléficos!

 

Se quiseres conhecer o dissabor, o arcaico e o mortiço; envolto em aura de dor, em ambiente não castiço; adentre a uma Delegacia Policial, e sentirás a pútrida displicência, em sua maculosa estrutura oficial, corroída pela fúnebre negligência! Desfilando em jactância, com armas na cintura; servidores elaboram sindicância pelos crimes em desventura!

 

Oh! Que ambiente depressivo,

com seus segredos de horrores;

o cidadão se sente constrangido,

pelo torpor incitando temores!

 

Delegacias de polícias degradadas!

Policiais civis ineficientes!

A retrocessão é corroborada,

pelo Corporativismo impudente!

 

Para que duas polícias?

Se a insegurança é geral!

Mudanças são benquistas!

Rogamos é por igualdade social!

 

Abusiva conduta,

deslustrando autoridades,

incompetência tão estulta,

absolvida pela impunidade.

Violência policial,

fomentando injustiças,

prepotência ilegal,

capitaneadas por fascistas.

 

Oh, recônditos pecados!

Que jamais emergirão!

Guardados a sete chaves;

ninguém o julgarão!

 

Não se deve generalizar,

pois, seria injusto e insensato!

Bons policiais sempre vão estar,

a favor da retidão em seus atos!

 

  • Autor: Alberto dos Anjos Costa (Offline Offline)
  • Publicado: 27 de março de 2021 00:09
  • Comentário do autor sobre o poema: ENERGIA É O QUE TENSIONA O ARCO; DECISÃO É O QUE SOLTA A FLECHA
  • Categoria: Reflexão
  • Visualizações: 4


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