Entardeceu e estive no lugar onde a morte te abraçou
O lugar estava deserto e frio como aquela lágrima que rolou.
Foste depressa como o vento passava por meus cabelos
Como se nada mais importasse lá atrás.
Eu estive lá novamente para ver se encontrava paz
Mas naquele lugar estava apenas o frio e alguns insanos desejos.
O teu sorriso apagou como as cores daquelas plantas dali.
E com o apagar daquele horizonte dourado a escuridão começava a me consumir.
Foste embora depressa, meu amor sem tempo para nada
Como uma relva silenciosa que chega e se desfaz.
Te amava muito, mas naquele lugar te amava mais
E hoje só me resta essa dor insana em mim encravada.
Sonhamos juntos ali, fomos um só e tantos.
Lá, agora, até os pássaros esqueceram, por hora, os cantos.
Agora estais tão mais longe do que eu temia
E o desespero toma conta de mim aqui, neste lugar.
Foi lindo, inesquecível e mágico, ali, te amar
Mais agora vejo apenas tua lembrança junta a essa agonia.
Entardeceu e eu estive naquele lugar onde a morte te abraçou.
Lá tudo teve início e tão depressa terminou.
Mas te prometi que ali seria nosso lugar eternamente
E mesmo doendo tanto sempre estarei por lá.
E mesmo não sendo para passearmos ou apenas te encontrar
Irei a aquele lugar para cumprir nosso sonho: juntos para sempre!
Lucas Arruda
09/03/2021
- Autor: LUCAS ARRUDA ( Offline)
- Publicado: 9 de março de 2021 01:29
- Comentário do autor sobre o poema: Esse poema é uma ficção que criei com base em uma imagem que vi na internet e que me deixou inspirado. Poemas são assim, basta um simples acontecimento para se criar um mundo... Gosto de poemas à Alvares de Azevedo.
- Categoria: Triste
- Visualizações: 7
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