Dizem que era saudade,
O que ele sentia,
Mas não era verdade,
Ele mentia, se convencia
Toda noite quando dormia,
Ele acordava todos os dias,
Com o mesmo pensamento,
Ela, ela, ela,
Buscava através da janela,
Tinha toda manhã,
A impressão por um momento,
De que morava num sonho,
Fazia muito tempo,
E mesmo andando tristonho,
Bastava repetir o seu nome,
Que nem tristeza, sede ou fome,
Reduziriam seu contentamento,
Vivia em eterna fantasia,
Mas não podia,
Mas era feliz assim,
E se toda a história tinha começo,
Essa nunca teria fim,
Porque ela não dizia sim?
Talvez pelo medo do preço,
Ou por não estar mesmo afim,
Mas quem se importa,
Se o cachimbo já lhe pôs,
A boca torta,
Pois a amava e pronto,
E ele a amaria pelos dois,
Depois,
Escreveria um verso,
Talvez um conto,
E de volta a realidade,
Comer feijão com arroz,
Sentir saudade,
Depois é depois,
Será muito tarde?
- Autor: Vênus (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 19 de fevereiro de 2021 21:41
- Categoria: Amor
- Visualizações: 11
Para poder comentar e avaliar este poema, deve estar registrado. Registrar aqui ou se você já está registrado, login aqui.