EM CASA

Alexandre Silva


Aviso de ausência de Alexandre Silva
NO

 

EM CASA

 

Em casa deitado olhando o teto: dos meus olhos à frente avistei um horizonte como uma imensidão de palavras que me diziam coisas sem sentidos, soltas e esquecidas por pensamentos verticalizados de emoções infindas e rodeadas de possibilidades vastas.

 

Em casa deitado olhando pra cima: com os olhos fechados avistei ao longe uma porção encantada de desejos amistosos que me deixaram sentindo coisas presas e lembradas por uma cabeça que de pouco a pouco se perdera nas próprias ilusões infindas de desejos secretos procurando guarida.

 

Em casa deitado sem conseguir dormir: sentei na beira da cama e pensei em duas coisas que se completam em si olhando pra cima consigo ver coisas, olhando pra cima consigo sentir coisas, em casa é meu lugar, minha zona de conforto, meu lar. Nela eu me permito:

 

ousar;

sonhar;

desejar;

enxergar;

o todo que em mim há;

o tudo que em mim habita.

 

Nela eu me entrego aos meus eus mais escondidos: devaneios bobos ou não, sigo vencendo a tal depressão, que em tempos de pandemia, quarentemado em um mundo só meu, permaneço resistindo. E, assim: por meio dela eles gritam, mas sempre permanecem comigo, sou para eles abrigo.

  • Autor: CASAVERDE (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 15 de fevereiro de 2021 22:22
  • Comentário do autor sobre o poema: (...); um instante! (...); um momento! (...); uma fase! devagarzinho vão passando... passando... passan....
  • Categoria: Reflexão
  • Visualizações: 15
Comentários +

Comentários1

  • Shmuel

    Uma casa com alegorias e situações fantásticas em devaneios psicodélicos com as mãos dadas ao inconcretismo necessários para superarmos esses momentos de pandemia.
    Abraços,

    • Alexandre Silva

      A atual fase que estamos vivenciando (da qual seremos testemunhas num futuro próximo) está nos presenteando com reflexões diversas, e na poesia (nos poemas) não está sendo diferente.

      Sigamos, pois, em nossa caminhada poética...

      Abraços, meu nobre poeta!



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