NO
EM CASA
Em casa deitado olhando o teto: dos meus olhos à frente avistei um horizonte como uma imensidão de palavras que me diziam coisas sem sentidos, soltas e esquecidas por pensamentos verticalizados de emoções infindas e rodeadas de possibilidades vastas.
Em casa deitado olhando pra cima: com os olhos fechados avistei ao longe uma porção encantada de desejos amistosos que me deixaram sentindo coisas presas e lembradas por uma cabeça que de pouco a pouco se perdera nas próprias ilusões infindas de desejos secretos procurando guarida.
Em casa deitado sem conseguir dormir: sentei na beira da cama e pensei em duas coisas que se completam em si olhando pra cima consigo ver coisas, olhando pra cima consigo sentir coisas, em casa é meu lugar, minha zona de conforto, meu lar. Nela eu me permito:
ousar;
sonhar;
desejar;
enxergar;
o todo que em mim há;
o tudo que em mim habita.
Nela eu me entrego aos meus eus mais escondidos: devaneios bobos ou não, sigo vencendo a tal depressão, que em tempos de pandemia, quarentemado em um mundo só meu, permaneço resistindo. E, assim: por meio dela eles gritam, mas sempre permanecem comigo, sou para eles abrigo.
- Autor: CASAVERDE (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 15 de fevereiro de 2021 22:22
- Comentário do autor sobre o poema: (...); um instante! (...); um momento! (...); uma fase! devagarzinho vão passando... passando... passan....
- Categoria: Reflexão
- Visualizações: 15
Comentários1
Uma casa com alegorias e situações fantásticas em devaneios psicodélicos com as mãos dadas ao inconcretismo necessários para superarmos esses momentos de pandemia.
Abraços,
A atual fase que estamos vivenciando (da qual seremos testemunhas num futuro próximo) está nos presenteando com reflexões diversas, e na poesia (nos poemas) não está sendo diferente.
Sigamos, pois, em nossa caminhada poética...
Abraços, meu nobre poeta!
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