Eggon Viana

Deitado comigo mesmo

Faz tempo,
não durmo comigo mesmo
satisfaço meu próprio alento
vejo o sol cru do meu pensamento
bebo a água maldita daqui de dentro

Faz tempo,
não estou só...brio,
sem sombra de qualquer monstro terreno,
e à sombra de algum deus ateu
dormindo em meu divino leito atento

Vejo a luz de um sol só meu
Hoje é triste a minha carne ávida
que se banha na luz branca e pálida
dum astro maior que o próprio eu

Porém,
se não brilha hoje, não amanhã
se não gritar agora fim do romance,
findam e pra trás acaba-se minha chance
E a repente morte brilha forte e sã

  • Autor: Eggon Viana (Offline Offline)
  • Publicado: 4 de Fevereiro de 2021 14:58
  • Categoria: Não classificado
  • Visualizações: 12

Comentários1

  • Victor Severo

    Belo poema. Parabéns.

    • Eggon Viana

      Obrigado Poeta Victor!
      Abraços



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