JUCKLIN CELESTINO FILHO

FUJAMOS AO NAUFRÁGIO

Vivemos  tempos difíceis,

Agruras que aportam 

Nesses dias inditosos --

Espinhos do tempo,

Que a uns melindram,

A outros, nada importa!

 

0utros contratempos,

Receios e medos,  

Já vimos de maior aprumo!

Mesmo prestes a sermos

Abalroados , navegando

Em  navio desgovernado ,

Indo de encontro aos rochedos,

Sigamos nosso rumo!

 

Abramos nas costas

Do tempo, trincheira:

A atitude é a cartucheira;

A  incisiva ação 

Bala ligeira 

A ser disparada

Contra um alvo

Que não guarda posição!

 

Soldados, praças, generais,

Comandante do esquadrão,

Toda a armada,

Tudo o mais:

Nós, gente supliciada,

Não nos sintamos coitados,

Fujamos da retaguarda,

Combatamos à frente do batalhão

Com denodo e extrema coragem!

 

 É  dichote dizer que a infecção

Coronaviriana é morolinha,

Uma gripizinha!

Tudo é cretinice 

E tamanha maldade,

De quem afirma 

Tais excrescências.

A verdade

É  que estamos

Ante o olho do furacão !

 

 

Não nos iludamos,

Minha agente,

Tem que ser renhida a luta!

A labuta

É  batalha pra forte!

De sorte 

Que requer

Estratégia de guerra,

Comandante que não seja

Fraco,  covarde,

Um pusilamine

Perdido no  novoeiro,

Qual cego em tiroteio,

Não sabendo como agir

Frente ao perigo iminente!

 

Lançada a sorte,

Neste agro momento 

De aflição e tormento!

Não se há 

Recuar da refrega,

Ante um inimigo que ataca

Por todos os flancos!

Sigamos mesmo aos troncos 

E barrancos

Em busca de alvissareiro norte!

 

Ao timoneiro

Da nau abalroada,

Carece atitude crível,

Porque não sabe

Como fugir ao acosso

Do  ninusculo ser

Que não  ver,

Nem sabe quando e donde  

Pode surgir

O fero ininigo invisível,

Enquanto no front,

Afunda o colosso,

E os ratos

Ainda relutam  em fugir  

Da embarcação naufragada!

 

Não fiquemos de braços cruzados  

A chorar nossas dores,

A lamentar dissabores ,

A lamber nossas feridas

Em meio a mais terríveis pragas

Que é  o próprio virus

E se manter omisso

Ante  à tragédia do Coronavirus !

Outrossim,  curemos com

Parcimônia  e devidos   cuidados,

 Nossas chagas!

 

Outros contratempos ,

Receios e medos,

Já vimos  de maior aprumo!

Mesmo prestes

A sermos abalroados ,

Aboletados

 Em navio desgovernado, 

Sigamos nosso rumo!

Tudo há de passar...

E do destino,  o leme mudar,

Como tudo tem um termo

Final nesta vida!

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

  • Autor: Poeta (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 3 de Fevereiro de 2021 08:44
  • Categoria: Sociopolítico
  • Visualizações: 18


Para poder comentar e avaliar este poema, deve estar registrado. Registrar aqui ou se você já está registrado, login aqui.