INCÓGNITA

Sergio Luis Baginski

Era pedra

Era poeira

Olhos me olham

Boca fala

Coração cala.

 

Quero silêncio

Não quero falar

Amigo bom dia                                                               

O que pensar?

 

Quem te manda

Vou te ordenar

Faça o que peço

Não adianta gritar.

 

Diz odiar

Não posso a voz ouvir

Me causa tédio

Porque mentir?

 

Não entendo

Porque virei pó

Menor que o zero

Acorda. Tenha dó.

 

Largo sorriso

Longas frases

Muitos contos

Alto embuste

Que triste.

 

Pensei ser

Me vi dopado

Amigo de fora

Mais que afeiçoado.

 

Sei porque escrevi

Me vi flutuando

Cuspi o que penso

Não vivo gritando.

 

Queria ser

Como pássaro lembrado

Quando do seu cantar

Amar e ser amado.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

  • Autor: Sérgio Baginski (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 29 de janeiro de 2021 06:33
  • Categoria: Não classificado
  • Visualizações: 7
Comentários +

Comentários1

  • Maria dorta

    Belo desabafo poético! Que o sentimento negativo envellheca no papel e não te enferruja a alma. Aplauso!

    • Sergio Luis Baginski

      Oi Maria. Pronto falei. Nesta palavras como eu disse, cuspi o que sentia. Assim sou, não sei ser diferente. Nos poemas abro o peito.



    Para poder comentar e avaliar este poema, deve estar registrado. Registrar aqui ou se você já está registrado, login aqui.