Foi tão surreal aquela cena que parecia que não era verdade. As lágrimas escorriam em meu rosto, coração parecia que ia sair pela boca.
Ela ali tão linda, colocando as roupas na mala, notei que chorava também e nesse momento passava um filme na minha cabeça. Num ímpeto de desespero disse que era só uma fase ruim, que iríamos superar, afinal já tínhamos enfrentado tantas coisas ruins. Foi em vão, mais eu insisti dizendo não acabe com a gente assim, não vai embora, não me deixe. Ela fechou a mala, olhou pra mim de joelhos naquele quarto, abriu a porta e parou, eu pude ouvir seus soluços, seu choro, por um instante achei que fosse voltar atrás, mais com raiva saiu e bateu aquela porta. Até hoje ouço aquele barulho. Em desespero corri até a janela e vi meu amor descer a rua naquela tarde chuvosa e fria. Foi a última vez que a vi. E exatamente hoje faz 10 anos que ela se foi, e eu estou aqui olhando pra foto desse túmulo. Sei que uma parte de mim está aqui enterrado com ela. Quantos sonhos sonhamos, fizemos tantos planos que não se concretizaram. Alguém conhece aí algum remédio pra saudade? Então é isso, a vida não tem rascunho.
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Autor:
Alexxandre (Pseudónimo (
Offline) - Publicado: 23 de abril de 2020 01:37
- Comentário do autor sobre o poema: A vida é um sopro. E não dá tempo de passar a limpo. Viva o hoje, ame hoje, perdoe hoje.
- Categoria: Amor
- Visualizações: 17
Offline)
Comentários3
Triste, mas mesmo a tristeza, poeticamente se torna linda. Como esse texto, cheio de emoção. Parabéns!
Obrigado Gislaine!
Puxa é uma viagem incrível, já passei por isso, muita emoção real!Parabéns.
E quem já não passou por isso meu amigo.
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