Geralmente começo pelo fim...
As vezes o porre vem antes da bebida...
Tenho escrito versos tristes, desconexos...
O coração... bombeado sangue, apenas...
Talvez queria sair pela boca... as vezes com borboletas ou mariposas presas no estômago...
Fumo mais que devia... me silencio mais que devia... escrevo menos que devia...
Talvez eu mude. Ou não.
Desacostumei a falar de amor ou usar canetas e papel. Minha letra e angústia são indecifráveis.
Calei sorrisos e já não sou mais anjo... cortei minhas asas com uma faca cega... arranquei o coração à fórceps...
Durmo a alma num porão frio... sem sequer um segundo de descanso...
Talvez haja terra sobre mim... embora eu ainda consiga respirar...
Receio assombrar a vida que tem feito sobra de mim mesma... onde as reticências são constantes.
Talita Lima.
- Autor: Talita Lima ( Offline)
- Publicado: 18 de janeiro de 2021 13:49
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 10
Comentários1
Belo poema,mesmo com um eu lírico tão angustiado!
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