Aceito o destino de dores e prantos.
Contudo não aceito fenecer.
E agir igual a você.
Que vive tramando nos cantos.
Que anseia por vencer.
Sem saber que sofre tanto.
E está sempre a perder.
Prefiro passar ao largo.
Quase nunca aparecer.
Fujo dos falsos afagos.
Evito me aborrecer.
Gente assim me desagrada.
Cheios de si, ocos de nada.
Que buscam somente o ter.
Caminhando em desacordo.
Com o que consideras normal.
O que a ti parece malogro.
A mim parece frugal.
Vivendo em triste doença.
Que defendes como crença.
Nada mais paradoxal.
Por fim deixa-me só.
Tua presença me atormenta
Vai-te embora, tenha dó.
Minha tristeza me alimenta.
Sozinho em minha ilha.
Cercado por armadilhas.
Que a canalha afugenta.
- Autor: Victor Severo ( Offline)
- Publicado: 13 de janeiro de 2021 09:19
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 7
Comentários1
" gente assim me desagrada
CHEIOS DE SI OCOS DE NADA" Belo e sábios versos. Poema de um eu lírico de dar inveja. Chapéu!
Obrigado cara Maria, sempre bom lhe ver por aqui, fico lisonjeado.
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