No calor de minha febre noturna
Figura mui bela surgiu a minha frente
Admirei-me com a criatura soturna
Suado e em delírio ardente
Invadiu-me lembrança da orgia em meio
Da noite em que conheci a alma perdida
Enquanto, as sombras, escrutava alheio
Amei-te algoz de minha vida
A dança de perfumes aliena o espaço
Do odor do cravo lembrarei pela eternidade
Do sorriso sombrio e até do olhar baço
Algo em sua pele de lírio romantiza a iniquidade
Ai de mim, vil pecador, da condenação a um passo
Ai de mim, temo que a retidão expurgue a Entidade.
- Autor: felipe?fernandes ( Offline)
- Publicado: 12 de janeiro de 2021 23:18
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 9
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