Calendas

Marçal de Oliveira Huoya

Peço desculpas,
Mas esse mês,
Estou sob magia,
Sob efeitos de mil sortilégios,
Macumbas, mandingas e simpatias,
Sacrilégios sangrentos,
Sacrifícios do tempo,
Amor e desejo rubros,
Nada cor de rosa,
São as Calendas de Outubro,
Lua enfeitiçada,
Lua maravilhosa,
Uma Bruxa encantada,
No seu mágico caldeirão,
Me ofereceu uma poção,
Uma mistura envenenada,
De amor, saudade e paixão,
E agora todo ano,
Nesse mês,
Uma alegria vem e vem,
E toma o coração,
E o meu amor também,
E toda vez,
Que isso acontece,
A imagem da minha linda bruxa,
Reaparece,
Em mil formas variadas,
Nos sonhos,
Nas noites insones,
Nas madrugadas,
Sempre andando na minha frente,
Aliciando minha alma cativa,
O mesmo jeitinho indiferente,
Cabeça baixa e pensativa,
Altiva, viva e atraente,
Pois é nesse mês,
Que a Lua vai nascer,
O mês,
Que em algum lugar,
No dia do seu nascimento,
Em qualquer momento,
Alguém irá se apaixonar,
Um grande amor,
Irá acontecer depois,
Mas o que fazer?
Não serão nós dois,
Nem eu e nem você...

  • Autor: Vênus (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 9 de janeiro de 2021 22:51
  • Categoria: Amor
  • Visualizações: 3


Para poder comentar e avaliar este poema, deve estar registrado. Registrar aqui ou se você já está registrado, login aqui.