Mãe, sei que sou teu filho
Mas não vejo mais teu brilho
A lama cobriu teu nome
Meu estômago estremeceu
Teu filho adoeceu
Quando conheceu a fome
Evaporo-me em dor
Sinto muito calor
Da seca que te come
Joga-me teu manto d’água
Vem curar, Mãe, essa mágoa
Desse jeito a dor some
Quando olho para o rio
Eu sinto um vazio
Por ter dado poluição
Queimadas assombram minha mente
A água de tua nascente
Dissolveu-se em plantação
Não nado, posso me afogar
Na mancha que há no mar
Que mancha o teu pulmão
Não jogo a culpa em ninguém
Mas se quiser culpar alguém
Culpe a mim, tua criação
Sei que andas maltratada
Sei que estás devastada
Mas me perdoe de uma vez
O homem a cada dia mais te mata
Por favor, Mãe, não me bata
Sou humano e isso fui eu quem fez
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Autor:
Tiakuru (Pseudónimo (
Offline)
- Publicado: 4 de janeiro de 2021 21:45
- Comentário do autor sobre o poema: Este poema é de um significado super especial para mim. Nele ponho me como o filho (que sou) da Mãe Natureza que pede desculpas por tanto ter dado sofrimento à ela
- Categoria: Natureza
- Visualizações: 9
Comentários2
Um belo poema, parabéns, sou amigo de Ailza, seja bem vindo. Bom dia
Que poema perfeito e belo!
Seja bem-vindo, poeta!
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