Delírios, o melhor de mim

Jose Fernando Pinto

Muitas vezes nos deparamos com o desânimo e o receio dos problemas enfrentar. Algumas vezes somos vencidos, em outras somos vencedores, algumas vezes ficamos perdidos, em várias outras, somos senhores. Senhores do tempo, senhores dos sonhos, senhores de nossas metas.


O medo que às vezes nos assola é um mecanismo de segurança, e na maioria das vezes é essa sensação a nos frear que nos mostra belezas infinitas nas pessoas que dividem conosco essa passagem na terra. Quando o medo nos enclausura, nos remete a noite escura, sempre encontramos alguém que corre a nos salvar.


Uma palavra de conforto, um abraço ou um sorriso. Um aperto de mão, companhia pra solidão, um conselho preciso. Como anjos alados, corações abençoados, alguém a nos guiar no infinito, no deserto ou mesmo na impossibilidade de dar um passo a frente, quando de repente encontramos uma mão estendida, aquela mão amiga que descerra o nosso espírito.


Quando acontece comigo tenho a impressão que aquela pessoa consegue extrair o melhor de mim, mas logo após começo a entender, o melhor de mim ainda não aflorou. O que nasce nesses momentos é o melhor daquela pessoa que sua mão estendeu, seu coração ofereceu com a intenção de nos resgatar. É o melhor da pessoa a espalhar no universo bons sentimentos, pensamentos e sonhos a realizar.


Pessoas assim, que se doam, que perdoam, e que fazem da vida uma dádiva, apresentam o melhor de si. Doar a quem precisa, ajudar sem esperar em troca, resgatar no interior de alguém a chama da vida. O melhor da vida, a esperança perdida que renasce e brilha nos olhos de quem tem medo. São pessoas especiais, pessoas plurais que acreditam no melhor de mim, mas com isso afloram o melhor de si.


O melhor de mim ainda virá. Virá sempre naqueles momentos que eu estiver a doar. A doar um pouco de mim, a doar pra um único fim, ajudar outra pessoa a levantar. O melhor de mim não deve aparecer aos olhos alheios. O melhor de mim é uma sensação de realização. Realizar os meus sonhos nos olhos daqueles que eu conseguir resgatar.


O melhor de mim pode ser utopia, mas pode ser a alegria se mais alguém alegrar. O melhor de mim jamais terá fim se dia após dia eu souber manifestar. Manifestar meu carinho, solidariedade e ajudar de verdade aquele que precisar.


Eu sei, parece loucura. Mas não deixe a loucura sua vida imobilizar. Movimente-se pelo outro, se doe, perdoe e comece a pensar. Se lhe chamarem de louco, espere um pouco antes de começar a brigar. Dê um abraço bem forte, um sorriso bem largo e comece a doar. Dê o melhor de si, dê lírios, pois melhor que ser triste, com certeza é delirar.

 

Jose Fernando Pinto

  • Autor: Jose Fernando Pinto (Offline Offline)
  • Publicado: 3 de janeiro de 2021 16:37
  • Categoria: Amor
  • Visualizações: 19


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