Sua beleza esconde o que há de mais horrível em você.
Esse sorriso encantador camufla o ranger de seus dentes.
Os versos carinhosos tapa como um véu os vômitos declarados por ti.
As lágrimas simuladas trazem de volta a quem você oprime.
A música de seus lábios não passa de tormenta para meus ouvidos.
A sua fala religiosa que soa como fonte, ofusca a fossa de preconceito do seu interior.
Teus pingentes valiosos oculta o quão pobre és.
Cicatrizes de heroísmo são, na verdade, marcas de resistência contra sua própria violência.
Essa grandeza tão exposta, omiti o tanto de mediocridade encoberta.
Toda essa correria em se ocupar, não passa de fugas que mais te aprisiona do que a liberta.
Quando olhou para mim a procura da doença, se deparou com a própria cura.
- Autor: Vam.Lira (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 20 de abril de 2020 20:11
- Categoria: Reflexão
- Visualizações: 16
- Usuários favoritos deste poema: Vilk Andrade
Comentários1
Gostei, frente ao espelho nos despimos de tudo que nos oprime. Somos quem somos e o que somos. Belo texto.
Sim, Espelhos sempre nos confrontando. Obrigado pelo complemento um Abraço!
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