O mistério de tudo me apavora:
As miríades de vida que é infinda,
As eras do planeta em sua aurora,
E a ciclica ação que em tudo aflora..
Mistério da existência em que na hora
Do nascer já retém a vez provinda
Do implacável destino, que a devora
Depois de lhe dizer: seja bem-vinda.
Tudo isso que subsiste é sem valor,
Antes do meu nascer fui sem sentido
De acontecer, assim, sem nunca impor
Desejo de aferir essa vivência...
Quisera eu não nascesse, ou vivido:
Não suporto entender minha existência.
Tangará,14/10/2019
- Autor: Maximiliano Skol (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 30 de dezembro de 2020 23:56
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 22
Comentários1
Belo soneto, poeta.
Feliz 2021!
Para poder comentar e avaliar este poema, deve estar registrado. Registrar aqui ou se você já está registrado, login aqui.