JUCKLIN CELESTINO FILHO

CEGO, SURDO E MUDO

0  Bom não é  aquele

Que dá presente.

Mas  aquele

Que propicia o meio 

De a pessoa 

O próprio sustento ganhar. 

Misericordioso não é aquele

Que se compadece

Do sofrimento alheio,

Todavia, nada faz pra ajudar.

Cego é aquele que malevolamente

Age com cinismo,

 Falsa moralidade

E o dedo aponta,

Para criticar

Os deslizes dos outros!...

Ergue os olhos para enxergar

Os defeitos 

Do irmão,

Mas não  fica vermelho

Ao mirar-se no próprio espelho,

E vê  refletidos 

Os seus muitos  defeitos;

Mudo é quem solta o vozeirão 

Para denunciar

Alheios malfeitos,

E emudece,

Ante os próprios erros

Que cometeu;

Surdo é quem em profundo 

Mutismo 

Não escuta 

A voz da consciência,

E não declina da vaidade,

Da prepotência 

E do egoísmo,

Pensando que o mundo

Gira apenas em torno seu,

Não dando conta 

Que muitos hão 

Que anseiam 

Uma voz  amiga ouvir,

O afago sentir

De alguém que lhes dê carinho:

Da flor-- os espinhos retire,

Com ternura  seu caminho

Pavimente com a flor

Da altissonante esperança 

Que só o amor 

Alcança

Ao prestar-lhes atenção:

Suas súplicas, escutando.

Somente isso querem de bonança!

Não é muito pedir!

 

 

 

  • Autor: Poeta (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 25 de Dezembro de 2020 10:45
  • Categoria: Reflexão
  • Visualizações: 29

Comentários3

  • Maria dorta

    Bela composição poética,Jucklin, botas o dedo na ferida de tantos ! aqueles que comem sardinha e arrogam salmão!

  • JUCKLIN CELESTINO FILHO

    • JUCKLIN CELESTINO FILHO

      Agradeço a todos os comentários e leitura do meu texto.Boas festas!

    • Shmuel

      Grande poeta, Jucklin, sempre com este olhar voltado aos desassistidos, e mostrando aos poderosos, caminhos de como minimizar tais diferenças.
      Abraços ao amigo.



    Para poder comentar e avaliar este poema, deve estar registrado. Registrar aqui ou se você já está registrado, login aqui.