Alexandre Silva

DEUSA DO OLIMPÍADES


Aviso de ausência de Alexandre Silva
NO

 

DEUSA DO OLIMPÍADES

 

vim do Olimpíades:

de lá trouxe experiências divinais

que meros mortais jamais entenderão

contudo, não posso negar que tudo arde em meu coração...

 

De Poseidon ouvi palavras sublimes que se revelaram nobres diante do tanto de desejo que inundou a minha mente, que se encontrou ausente de si mesma entregue por inteira à magnificência daquele lugar...

 

De Hades, deus do submundo;

De Poseidon, deus dos mares;

De Zeus, deus do céu;

Sendo todos eles filhos de Cronos e de Rea:  ao DEUS MAIOR! Imortal...

 

Sem fingimentos;

sem fidelidades do tipo de Jó;

Sem traições do tipo de Judas;

observei tudo que acontecera sem filtros e sem falar besteiras: pois, me disseram que um... JESUS morreu numa cruz sem que devesse coisa alguma;

 

E para as trindades (divinas e satânicas) um débito gigantesco se criou e, a partir da sua ressurreição (que disseram ter sido depois de três dias da sua partida), todos os humanos ele livrou aumentando ainda mais a importância da palavra AMOR, e deixando todos os reinos, naturais e sobrenaturais, confusos e jogados aos revezes criados por eles mesmos: uma guerra espiritual se iniciou (até hoje não há vencedor);

 

não quis sequer procurar por alguém semelhante ao tal Jó, e muito menos ao famigerado Judas, que disseram estar de pé ante à estátua do deus-maior que lá habita e não tem dó, porém, gente como o tal apenas fica à espreita: traidor fatal! Fiquei sem entender uma gama de coisas;

 

numa cama pontiaguda me vi deitado sem machucados aparentes e em minha frente avistei-a, sublime(...): Atena — deusa linda — suprema... antes de me encontrar diretamente com Zeus — aquele que nem liga para os ateus, e ainda brinca com os seus, pois, dele tudo se formou e para ele tudo se voltará um dia, (sei lá... se um tal de Cronos aparecerá...);

 

Atena me conduziu à beira de um rio onde deusas-ninfas estavam a se banhar: “nada demais”, além de corpos esplendidos e olhares cortantes, que me puseram num lugar que parecia ser especial: como um brinquedo numa estante fui bem posicionado, e nada pude fazer para evitar, quer dizer, nem queria mesmo...

 

Dentre as deusas-ninfas uma se destacou (morena, bela, cheia de amor):

“sem nome!”;

“sem roupa!”;

"sem cor!”

 

Era ela — pura — banhada de amor: cheirando à natureza tão bela, que dos seus cabelos à terra me fez transcender em clamor, desejo, paixão... fiquei cheio de Etc. no coração:

 

lábios trêmulos;

pele com arrepios;

vazio do meu eu terreno;

cheio do meu eu devaneístico;

ali, à beira do dito rio, a deusa-ninfa me beijou...

 

não me disse seu nome;

não compartilhamos uma palavra sequer;

nem “trocamos telefone”;

e do seu pé até o mais alto céu do seu olhar pudemos vivenciar uma experiência ímpar de um jeito só nosso... naquele lugar... sem tempo a nos limitar... ela e eu a nos amar...

 

deusa-ninfa, morena linda és...

e agora estou contigo em meio ao não dito por ti

e ao que eu nunca pensei em viver:

és deusa do Olympus;

que de Zeus partira sem dor;

que de Atena a ordem recebeu;

de me encher com o teu amor, assim, se sucedeu...

 

deusa-ninfa, morena linda és...

ainda que não saibas;

estou diante de ti — sem revés;

para te retribuir o todo amor teu por mim...

 

que, de Zeus e Atena, com palavras pequenas de Poseidon, que me ajudaram;

que me guiaram até você;

te aceito com a minh'alma pequena;

pois, tu és deusa-ninfa, e eu sou homem falho, mas com alma plena;

 

pequeno e limitado, mas capaz de te amar

e de te ter sempre ao meu lado,

te retribuindo todo esse carinho por mim

e ainda, te deixando descansar a cabeça no ombro cansado;

 

deusa-ninfa dos meus sonhos: que se tornou, enfim, real;

hoje te tenho em meus braços, e tu me tens em tuas mãos;

agora, podes me guiar para onde quiseres;

e eu irei sem reclamar, e nem puxarei a minha mão;

 

deusa-ninfa do Olimpíades: te aceito do jeito que és;

não quero que mudes por mim;

pois, encontrei em ti tudo que sempre procurei e, agora;

quero seguir ao teu lado;

 

amando e sendo amado;

porque sei, deusa-ninfa, morena linda(...):

que eu sempre estarei ao teu lado;

te amando nesta cama pontiaguda deitado...

  • Autor: CASAVERDE (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 24 de Dezembro de 2020 01:19
  • Comentário do autor sobre o poema: Estava na "agulha" outro poema para postar, contudo, "fui visitado por ela", e não me contive em homenageá-la, pois, não é sempre que "somos visitados por uma deusa-ninfa com uma missão dada por Zeus, e a mim conduzida por Atena". Ao ler este poema tente vislumbrar toda a energia do Olimpíades e busque sentir "o toque dos deuses..."
  • Categoria: Fantástico
  • Visualizações: 3


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