Defino-me como um grão
De areia,
Num infinito deserto,
Sorrindo daqueles
Que almejam
Ganhar o mundo,
Ir bem fundo
No afã idiotizado
De juntar
Tesouros na terra,
Não percebendo
Que na vida
Tudo encerra
A uma grande ilusão,
E que no fim
Da estrada,
Não lhe resta nada
Para levar
Para o túmulo,
E que o homem,
Por mais poderoso
Que seja,
Sem Deus, é um grão
De areia,
Perdido num infinito deserto,
A vagar
Por rumo incerto!