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Hébron

Poesismo - uma nova ordem social

 

A proposta que se faz, tendo em vista que na vida pela paz vale o risco, pela felicidade da sociedade e das gentes, insisto, uma nova ordem muito além da individualidade capitalista ou da incompreendida ideia socialista, uma nova ordem a reger a economia, tudo giraria em torno da simplicidade à base da troca, da solidariedade, em moedas de poesia.

 

Surgida do ideal, numa dessas manhãs de loucura literária, da lavra de erudito poeta, que de repente rabisca, com sua convicção humanista, pensamento surreal, revolução social com fundamento em rimas trocadas por tudo o que precisar para a leveza da vida, doando-se quinhões à caridade do novo dinheiro que promove o alimento por poema-moeda.

 

Com a proposta dessa nova ordem de poesia, a se constituir no mundo e nos corações, valorizaríamos o mercado de capitais com virtudes em moedas do tamanho da necessidade, minorando ais, onde a justiça se mediria pela sensibilidade, pelos verbos de emoções, substituindo por refrãos os cifrões.

 

No ideal de poesia, não teríamos capitalismo, com pregões em frias bolsas de valores, com disputas e gritarias, teríamos poetismo, onde as discussões econômicas seriam em instituições que poderiam se designar Bolsa de Valores do Coração, com sessões de alegres cantorias, onde se mediria a intensidade da canção, da prosa ou valor do repente, cantando e encantando a gente.

 

Seria revolucionário! E suplantaríamos a desigualdade; não teria mais famintos, pois bastaria olhar o céu estrelado e soltar um verso declamado, para se ter o pão, ou com humildade apreciar um soneto, valorizando a inspiração, teria o alimento da alma e o estender de uma mão, indiferente se da zona sul ou do gueto, em um mundo transformado, solidário.

 

Seria revolucionário! Quem fosse carente de inspiração, se abasteceria com deleites de poemas recitados e lidos com o coração ou por docente ensinados e espontaneamente surgindo como perfume da mais pura sensibilidade em letras e flores, palavras com a rima da verdade, para quitação à vista, em espécie de amores.

 

A poesia como moeda de troca é a melhor solução, estancaria a ambição, floresceria na alma o valor mais profundo de humanidade, que rimaria nas relações humanas com a solidariedade em franca fraternidade, com verdade em versos de abraços, nas prosas e poesias que faz e que faço, com café e gostosas guloseimas rimando com tantos poemas, brandos seriam os problemas!

 

Por fim, uma sociedade poetista, nesse sistema de um mundo rimado em cada rotação, em diplomacia poemista, girando na harmonia constituída pela humana construção, com profundidade da alma, com prazerosa calma, na nova sociedade sem fronteiras, rompendo barreiras, onde o bem-estar será regido pelo arrebatamento de cada um nessa bela ideologia, em cada pagamento da moeda de todo dia, onde as letras de câmbio elevam as relações em valorosas notas de poesia!