Baqueano pela estrada do tempo
No tempo da Rural Willys
A vagar estancieira
Indo rumo a felicidade
Carregava a família inteira
E o motor Ford OHC
De quatro cilindros
E noventa Hp
Tinha a cor da felicidade
E o sorriso de menino
Carrego no rosto a saudade
O simples
A simplicidade
O valor do amigo
Rever o bom e a picape
Ter por perto o tempo
O valor do antigo
Ser eterno feito vento
Ser momento
Ser tão simples
Se o quando partes
O teu distante que fica
É o teu contagiante que grita
Eterno feito verbo aboiar
Lento feito o sereno deambular
Doce feito cantigas de ninar
Tenro feito mãe a balançar!
Roberio Motta,
Dezesseis do doze de um tal de Vinte Vinte
Juazeiro do Norte, Estado de Graça do Cariri.