Jose Fernando Pinto

Poesias e querubins

Numa dessas manhãs de loucura literária, escrevi que adoraria viver num mundo de poesias. Sim, parece mesmo loucura, mas seria maravilhoso um mundo assim, onde do começo ao fim, encontraríamos poesia.

Alguns entenderam a ideia, outros nem tanto. Mas não me entrego ao pranto, se não consegui viver num mundo de poesia, tento agora revolucionar o mundo mudando a economia.

Para reduzir o abismo financeiro no mundo atual, muito mais que uma moeda, eu sugiro um ritual. Para cada necessidade do dia a dia, ao invés de usar a moeda tradicional, usaremos a poesia.

Eu sei, acharão que sou mesmo louco, mas pensem um pouco, a moeda tradicional não resolve as mazelas do mundo, ao contrário, fomenta sequelas sociais e transforma homens em seres irracionais.

A ideia da poesia como moeda de troca elimina a ambição desmedida, e muito mais que isso, eleva o espírito, renova a vida. Imagina a situação corriqueira, lhe ofereço um soneto, e ganho um verso, pensem na ideia com carinho, é tudo que eu peço.

Façamos assim: usaremos a poesia para contagiar, espalhar alegria e o mundo enfeitar. No alvorecer declamando, um novo dia chegando com os pássaros a cantar, cumprimentando as flores, brincando com os beija flores, sentindo na vida os sabores que a felicidade nos dá.

Quando o fim do dia vier, faço uma rima qualquer esperando a noite estrelada. Agradeço a Deus pelo dia, oportunidade que tive em forma de poesia. Com a lua no céu e as estrelas brilhando, continuo sonhando com um mundo assim, repleto de poesias, de pura magia, como os querubins.

 

Jose Fernando Pinto