Eles estão me chamando; suas vozes abafadas pelas portas e paredes, está muito longe e a porta trancada a quatorze chaves.
Todos me gritam e eu finjo não ouvir; as palavras ecoam em meu quarto, deveria deixa-los secar suas gargantas e preocupar vossas cabeças.
Paredes tão paralelas, lado a lado e nunca se encontram; assim me sinto com todos que ao meu redor vivem. E me força esconder minha real face entre as pernas, no chão escorado em uma parede.
Já é tarde demais, os gritos não cessaram e o caos acompanha os desesperados e aflitos; sintam minha pele gélida de aparência pálida, vejam o sorriso de uma alma liberta, observem o rosto de alguém que se foi e ninguém aproveitou o tempo que ele aguentou.
Tudo passou... Pois agora ele não existe mais; todos se esqueceram de sua falsa vivência e de seus sorrisos enganosos.
Retornou se ao pó; onde tudo começou e nada aconteceu, como se ele não tivesse existido e assim sua alma descansa em paz, sabendo que não foi importante para ninguém.