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Edson Alvez

SABEDORIA

Cruzei com a sabedoria certa vez pelo caminho
Murmurei ao vê-la ali tão passiva, se mantendo
Como podemos, pergunto, ter tanta falta de tempo
Tanta teia enredando nossos tão poucos momentos

Ela então olhou de lado e manteve seu caminho
Oriundo de outras eras junto trazia o destino
Com um grosso livro na mão com os nomes resumidos
Daqueles que gastam tempo sem que tenha um sentido

Segui o então desígnio pois dele sou oriundo
Não quero perder os fatos sem perder nenhum segundo
Quero ter a engrenagem, toda a força do saber
Quero respirar ar puro no alto topo do mundo

Mesmo que certas essências se percam ali pelos anos
E outras normas da ciência incluídas ali nos planos
Eu estarei sempre atento, sem surpresas, sem enganos
Pois aprendi a lição com os erros de outros anos

Nas eras que seguiram eu permaneci ali
Enquanto tantos sonhavam eu nas noites sem dormir
Vasculhei a engrenagem do livro que me cabia
Me vali das tantas normas da então filosofia

A sabedoria manteve sua fórmula de encanto
Nasceram normas e reis, o amor, dono do mundo
Sempre que posso me volto para a norma do saber
Busco no livro o que eu quero da vida ali entender