Quem tem político
De estimação,
Vê aí a desgraceira:
É bordoada
Por bordoada
Entrando,
A ripa de rijo
No lombo dando...!
E aguente,
Minha gente,
Centrinho,
Centrão,
Filho de reizinho,
Vira reizão,
E família
Que domina centrinho,
Centrão,
Está na mão
Do Centrão!...
E ainda da besteira
Do eleitor,
Faz troça:
Emprega sem pudor
A mulher,
Os parentes,
Os amigos,
Os amigos
Dos amigos,
Os aderentes
E os filhos ,
E o que mais lhe convier!...
Não é novidade
Que na seara política,
Uma imoralidade
Tamanha implica,
Uma verdade
Que logo se entende
A plenitude
Do escabroso negócio:
A coisa se estende
De pai
Para filho,
De irmão
Para irmão,
De marido
Para mulher.
Sabe como é?
Nesta canja
Também mete a colher,
Netos de políticos importantes
Que vivem da política
Enchendo a pança.
É cacique de sua pajelança ,
A politicamente reinar
Geração
Após geração!
Uma senda triste
Aqui insiste
E persiste
Em campear:
Familia que marcha unida
Na política, unida
Abocanha
Maiores pedaços do bolo!...
E há tolo
Que não enxerga
0 que está ocorrendo
Na sua venta!...
Tanta bordoada aguenta!
E aproveita o político ladino
A tolice do bobo
E mil peripécias inventa
Para ludibriar
Não apenas o tolo,
Vai de relapada
No bolo,
O pobre povo,
Que tolo,
Recebe a cacetada:
Balança
E verga
Para receber
No lombo a paulada
De novo!
O político artreiro,
Utilizando o trilho
Da safadeza,
Pensa que o brasileiro
É burro por natureza,
\"Jeca\"da roça,
Que gosta de apanhar
De politico.
Quanto mais apanha.
Não arreganha!
Tem político de estimação!