Godhici Reverie

Alma da Perdição

Debruçado nesta fossa incessante

Mergulhando em tristura constante

Enjaulado na introspecção da mente

Carregando na alma o peso da corrente

 

Conduzo-me para longe da inexistente vitalidade

Escondo-me na greta cova de minha obscuridade

 

Idealizo o lirismo na mais alta intensidade e credo

Vivencio neste afinco de ardor umbrático e pérfido

Amiudado em cravar sempre o punhal sob meu imo

Avezado em vagar neste feudo emblemático e sombrio

 

Devaneado num airoso bosque enleado

Envolto de flores e cores das várias estirpes

Quando aguçado, meu arco-íris perpetuado

Se irrompe demasiadamente monocromático

 

Rosas das trevas surgem, lúgubres, viscosas e espinhosas

De suas pétalas, embebedo de tuas essências venenosas

E em meio a lépida nébula, aprecio diante da viril frialdade

Sua rajada cortante em minha face esfalfada e eivada