Temos em nós cada sonho absurdo e talvez nosso mundo seja diferente demais para se encaixar, apesar de tentarmos e cruelmente magoarmos alguém que de certa forma só pensava em arriscar, em amar...
Somos ridículos e ridiculamente tentamos oferecer nossos olhos marejados, nossa culpa escancarada e nosso arrependimento forçado, na tentativa de que o outro tente entender que nosso Ego foi grande demais pra evitar a mentira, a palavra doída, o tapa dado diretamente no coração por palavras que, se espalmadas, feririam muito menos.
A verdade, é que às vezes, sinto que seu amor virou uma prisão da qual eu tento, falhando miseravelmente, escapar.
Eu sinto que não faz sentido desejar alguém tão oposto, tão contrário e, desejando não desejar, falho miseravelmente de novo.
Isso porque te amo com força, te desejo com fogo de quem se desespera ao sentir teu coração gélido, indiferente, meio morno, meio ausente.
Mas te digo: um dia te esqueço e te largo por aí, mesmo teu olhar sendo flecha certeira, um belo dia eu acordo com meu coração blindado e te sacudo ao meu lado pra dizer que arrumei a casa inteira... e estarei partindo à tarde.