Dr. Francisco Mello

SHERAZADE E O REI

 

Na Pérsia, o Rei Shariar  

Pela esposa, foi traído

Ficou, louco, enfurecido

Aos dois mandou matar

Para seu poder mostrar

Toda noite se casava

Cedinho, à esposa matava

Assim, dia, mês e ano

Procedeu o Soberano

Mas algo lhe aguardava.

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A filha do seu ministro

Fez algo bem planejado

Pra que o Rei malvado

Deixasse de ser sinistro

Sherazade, eis o registro

Casou-se com Shariar

Após a festa acabar

O Rei pensava na cama

Mas antes disto ela o chama

Para um favor lhe rogar. 

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Disse: Já que eu vou morrer

A minha irmã, Duiazade

Tá chorando, majestade

Procure compreender

Para ela adormecer

Sempre lhe conto historinhas

Como faço às noitinhas

Te solicito um favor

Pela última vez senhor

Declamar pra irmãzinha.

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Era uma vez um malvado...

Diz Sherazade a irmã

Lhe dando chá de hortelã

Shariar ficou zangado

A esposa com cuidado

Lhe contou sobre aventura

Coisas de amor e ternura

E de repente parou

- Continue, o Rei falou

Ela diz não, com doçura.

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Já está demanhãzinha

Continuar eu não posso

Vou rezar um Padre Nosso

O carrasco se avizinha

- Veja, aqui a ordem é minha

Diz o rei, finde a história

Faz bem à minha memória

Me acalma e faz dormir

O carrasco pode ir

Dou a mão à palmatória

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O Rei se apaixonou

E por mil e uma noites

Sem agressões ou açoites

Ela, histórias lhe contou

Ele esqueceu o que passou

Trouxe a cunhada, Duiazade

Brindaram a felicidade

Dar gosto ler, esta lenda

Lições de amor se aprenda

Com Shariar e Sherazade. 

 

BUENAS, TCHÊ – Dr. Francisco Mello – Criminalista.