Na Pérsia, o Rei Shariar
Pela esposa, foi traído
Ficou, louco, enfurecido
Aos dois mandou matar
Para seu poder mostrar
Toda noite se casava
Cedinho, à esposa matava
Assim, dia, mês e ano
Procedeu o Soberano
Mas algo lhe aguardava.
............................
A filha do seu ministro
Fez algo bem planejado
Pra que o Rei malvado
Deixasse de ser sinistro
Sherazade, eis o registro
Casou-se com Shariar
Após a festa acabar
O Rei pensava na cama
Mas antes disto ela o chama
Para um favor lhe rogar.
................................
Disse: Já que eu vou morrer
A minha irmã, Duiazade
Tá chorando, majestade
Procure compreender
Para ela adormecer
Sempre lhe conto historinhas
Como faço às noitinhas
Te solicito um favor
Pela última vez senhor
Declamar pra irmãzinha.
...........................
Era uma vez um malvado...
Diz Sherazade a irmã
Lhe dando chá de hortelã
Shariar ficou zangado
A esposa com cuidado
Lhe contou sobre aventura
Coisas de amor e ternura
E de repente parou
- Continue, o Rei falou
Ela diz não, com doçura.
...............................
Já está demanhãzinha
Continuar eu não posso
Vou rezar um Padre Nosso
O carrasco se avizinha
- Veja, aqui a ordem é minha
Diz o rei, finde a história
Faz bem à minha memória
Me acalma e faz dormir
O carrasco pode ir
Dou a mão à palmatória
.......................
O Rei se apaixonou
E por mil e uma noites
Sem agressões ou açoites
Ela, histórias lhe contou
Ele esqueceu o que passou
Trouxe a cunhada, Duiazade
Brindaram a felicidade
Dar gosto ler, esta lenda
Lições de amor se aprenda
Com Shariar e Sherazade.
BUENAS, TCHÊ – Dr. Francisco Mello – Criminalista.