Minha vida,um celeiro cheio
Campo verdejante onde planto
dores,esperanças, devaneios.
Sai inverno,entra verão. Semeio.
Quando verei enfim,findar a dor?
Sem intenção, nela tu em mim plantaste.
Partir assim,de mim afastar -se
enfim,em mim ,mataste o Amor.
Então,no meu jardim só medram
amargor,saudade,solidão.
Nem sei mais qual razão tem o sol
nem a lua,pois não claream minha escuridão.
Que faço com o por do sol?
Com teus olhos,eu via o arrebol
Sofro de um mal singular
Teve um início mas fim não terá.
Essa dor punjente que teima
Não tem jeito,continua a queimar.
Maria Dorta 04-12-2020