Ó ínfima e hipócrita mulher carniceira
Me arremessaste em flancos e teias de lava ardente
Aprisionaste todo raciocínio de minha mente
Como uma cruel e medieval feiticeira.
Usaste de teus rubros jogos amorosos
Belos, atraentes, no entanto, fatais.
Deliraste com meu sofrimento cada vez mais
Rasgando-me com teus chicotes impiedosos.
Mas algo existe que, moralmente, me conforta
O saber da fraqueza do imortal espirito
E que a carne forte, o aço corta.
E enquanto estiveres viva sobrar-me-á uma alegria
A de que a cada nova luz, a cada novo dia,
Aproxima-se mais a hora em que estarás morta.