Um poeta gótico

Eu caminho em espinhos

 

 

 

 

 

 

 

Eu caminho em espinhos

 

 

 

Eu caminho em espinhos

A maioria é muito grande

Nunca são iguais nem mesmo por uma ponta

Cada um me faz sangrar de um jeito diferente

 

Depois de ter caminhado por eles

As feridas não se curaram

Ainda posso sentir o arder do veneno

Correndo sob a minha pele

 

Como dói caminhar sobre espinhos

Às vezes não consigo me manter em pé

Então eu acabo caindo por muito tempo

E custo a me levantar pra continuar seguindo

 

Enquanto eu vou caminhando

Olho pra trás e vejo o quanto me machuquei

Ao olhar pra frente percebo que pode haver

Um longo caminho até o meu tão esperado fim

 

 

Um poeta gótico