Dia triste!
Entre vírgulas e aspas,
o degenerado proceder incivilizado
investe impetuoso contra a razão,
o respeito e a liberdade.
Dia muito triste!
Entre números e gráficos,
a simbologia vergonhosa da tortura
não mede conseqüência
e dá vazão à sua lógica esdrúxula.
Dia extremamente triste!
Entre sinais e gestos,
exibe-se o peso do amordaçar
impondo uma postura sagaz
de criaturas abomináveis e asquerosas.
Dia marcadamente triste!
Entre exclamações e interrogações,
a brutalidade racista expõe suas garras
e as artimanhas pra ilibar o ato belicoso
causa entojo e muita repugnância.
Dia que não precisava ser triste!
Entre imagens e sons,
a sensibilidade humana
poderia ser uma esteira límpida
para que a vida seja estimada e aceita.
Dia que se pensa em minimizar o ato triste!
Entre falas e mensagens,
que a ação não seja mascarada
para que não paire dúvidas
sobre para que lado a justiça pende.
Dia, então, de refletir sobre o “dia triste”!
Entre conceitos e sinônimos,
que a segregação seja extirpada
não pelas anomalias de vieses retumbantes
mas sim, pelo amor excelso, vivencial.