Abel Ribeiro

A chave que me abriu

Descobri um tesouro guardado em mim

Escondido por anos no subterrâneo do meu ser

Preso as correntes da vida

Que arrebentaram num novo amanhecer

 

Nesse tesouro escondido

Versos, rimas, vozes e sinas

Transformaram meu alarido

Em ouro que transborda minha mina

 

As corredeiras destruíram as margens

Nenhum homem banha-se 2x no mesmo rio

O movimento abriu passagem

A chave da esperança rompeu o vazio 

 

Meu olhar sobre o mundo

Fez-me renascer nessa querela

Voltei a sentir o gosto oriundo

Da poesia presa lá no fundo

Que em mim se abriu numa janela.

 

Abel