“Carpe diem”
O pecado...
Aos poucos o olhar é substituído pela tela fria
O afago, pela figura vazia...
Encurtamos espaços, pendem os braços
Olhamos a China, sem enxergar ao lado...
Aos poucos, valorizamos o objeto
Esquecemos o correto
A justiça caducou, envelheceu
Impera o deus dinheiro, não importa o outro
Nada de umbutu,
Eu,onipotente, só eu…
Redenção?
O olhar viu, tudo o que não queria enxergar
Viu a morte transitar por perto
Viu a metrópole se esvaziar
Frente ao olhar, muito da vida virou deserto
O olhar viu a fonte clarificar
Ouviu pássaros em festa
Viu animal extinto ressuscitar
Ouviu um suspiro da terra...
Espaço curto, o olho busca, anseia a cura
Anseia o retorno à rotina “normal”
Para sua insaciável fome bestial…
“ Carpe Diem”...
Ema M.
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