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JUCKLIN CELESTINO FILHO

ENTRANHAS DA PODRIDÃO (28/06/19)

As asperezas do tempo,

O próprio tempo cura.

Não dá o tempo,

Tempo de ocultar

Maledicências, ferindo

O âmago do tempo:

Mentiras! Necropsiado

De maldades !...

Maquinação diabólica 

Nas escumalhas

De suas parcas consciências,

Conscientes das atrocidades

praticadas com o fito de

prejudicar outrem!

E quando acontece

De o tempo

Ser amiúde molestado,

E incomodado na sua verdade,

Inclemente, vaza, e lê-se 

Nas entrelinhas do tempo --

O novo --  o intrigante tempo,

A desvendar tanta sujeira,

Até  então embuçada!

 

Caindo no abismo

Do inconfessável  engendrado,

Nos escaninhos amoitados,

Nada se esconde por muito tempo,

Em tempo que aos poucos 

Vem à tona, toda a lama urdida,

Desnudando o véu

Do descaramento ,

Podridão  e hipocrisia escondidos,

No tempo em que em propício 

Tempo,  a Vaza Jato

Denunciou o que nunca

Se cogitava vir à lume:

As entranhas apodrecidas

Da Lava Jato!

 

Quem é que tem o condão

De tudo saber?

Quem possui as chaves das coisas 

Bem guardadas?

Quem detém o código 

Que desvenda mistérios,

Senão o Senhor Deus,

Que a tudo vê,

E sem distinção,

A todos assiste?

O Criador, a jejum,

À farta oferenda, não atende,

Se for desabonador o pedido.

E no seu crivo de Justiça,

Revela quem é de fato o culpado,

A quem deve julgar 

Sob o bastião da  Divina Justiça!