As asperezas do tempo,
O próprio tempo cura.
Não dá o tempo,
Tempo de ocultar
Maledicências, ferindo
O âmago do tempo:
Mentiras! Necropsiado
De maldades !...
Maquinação diabólica
Nas escumalhas
De suas parcas consciências,
Conscientes das atrocidades
praticadas com o fito de
prejudicar outrem!
E quando acontece
De o tempo
Ser amiúde molestado,
E incomodado na sua verdade,
Inclemente, vaza, e lê-se
Nas entrelinhas do tempo --
O novo -- o intrigante tempo,
A desvendar tanta sujeira,
Até então embuçada!
Caindo no abismo
Do inconfessável engendrado,
Nos escaninhos amoitados,
Nada se esconde por muito tempo,
Em tempo que aos poucos
Vem à tona, toda a lama urdida,
Desnudando o véu
Do descaramento ,
Podridão e hipocrisia escondidos,
No tempo em que em propício
Tempo, a Vaza Jato
Denunciou o que nunca
Se cogitava vir à lume:
As entranhas apodrecidas
Da Lava Jato!
Quem é que tem o condão
De tudo saber?
Quem possui as chaves das coisas
Bem guardadas?
Quem detém o código
Que desvenda mistérios,
Senão o Senhor Deus,
Que a tudo vê,
E sem distinção,
A todos assiste?
O Criador, a jejum,
À farta oferenda, não atende,
Se for desabonador o pedido.
E no seu crivo de Justiça,
Revela quem é de fato o culpado,
A quem deve julgar
Sob o bastião da Divina Justiça!