Mais um verso disparado
Ao vento!
Esse tormento
De falar de mim,
Coisas assim,
Que me desfiguram,
E me remetem
A desventuras
De um viver
Que é louco!...
Quem me dera
O pouco,
À loucura
De procurar o nada,
Na inconsistência
Do meu olhar
Que é vago,
Ao afago
Do beijo da brisa
Que chega rapidamente,
Trazendo lembranças
De plagas distantes,
Muito além dos rubros montes,
E fugazmente ,
No horizonte desliza,
Sem eu poder eternizar
O mágico instante
Que se perde no olvidar
Do pensamento!
Que importa
Sonhos, loucuras,
Devaneios, frenético correr
Para abrir
A porta,
Se está fechada
No vértice do tempo,
Na incongruência
Do momento?
Fugir quisera
Ter conseguido,
Ao frenesi
De um mundo
Cada vez mais louco ,
Todo mundo doido,
Envolto em falsa realeza,
Ganância, torpezas,
Em abarcar o mundo
Em avarezas
Cada vez mais infames,
Na correria desembestada
A que se aventuram
Em busca de mais ouro,
Quando a paz na alma --
É o mais importante tesouro,
E a consciência livre,
A maior riqueza !