Não vou pra lua olhar, nunca, jamais.
Não sinto mais prazer nessa atitude,
Que seja a lua terna pros casais
No emblemático ardor da juventude.
Não vibro ao sol poente co\' os demais
Que veem seu esplendor em
beatitude,
Tampouco o sol nascente atrai-me mais
Do que a noturnal negra amplitude.
Tudo o que vejo sempre existirá,
Tudo é cíclico e sempre assim será.
Eu, efêmero, vejo por instantes
O que são tidos como fascinantes,
Não mais me prendo pelos meus sentidos
Que, pelo enfado, estão entorpecidos.