O mesmo vento que soprou nas velas
empurrando as caravelas
permitiu descobrir os continentes ...
é o mesmo que quando engambela
mostra a face das procelas
e naufraga barcos com as gentes
o mesmo que trouxe o pólen às flores
que se abriram multicores
em suas milhares de matizes...
é o mesmo que vem tempestuoso
sacode as mesmas, tão nervoso,
às devastam arrancando pelas raizes
A água, sobre a qual o Espírito pairava
quando Deus, o nosso mundo criava
e conduziu a Arca da salvação..
é a mesma que afogou a humanidade
quando Deus viu toda a maldade
promovida por sua própria criação.
Esta água que sacramenta o batismo
e lava os pecados no cristianismo
e em rituais das muitas religiões ...
é a mesma de \"caudalosas correntes
que regam céus, infernos, regam gentes\"
e o povo míngua quando falta nos sertões
Essa terra da qual nós fomos formados
e nossos alimentos são cultivados
sobre a qual fazemos nossa moradia...
é a mesma em que seremos sepultados
como consequência dos pecados
até que venha o juizo do grande dia.
A terra, dos humanos, solo mãe gentil
onde o próprio Criador nela sucumbiu
vitimado por tamanha ingratidão...
é a mesma, por poderosos disputadas
onde batalhas grandes são travadas
té com Ele se encontrar no Armagedom
O fogo, anunciado entre o raio e o trovão
ou pelas pedras friccionadas na mão
dava luz, segurança, cozia alimentação...
é o mesmo, que puniu Sodoma e Gomorra
onde quer que nosso pecado ocorra
é um simbolo de morte e purificação.
O fogo, presença viva no holocausto
que Jeová, dispensava lá do alto
queimava a oferta, lambia a água do chão ...
é o mesmo, que ao fim do mundo moderno
arderá, para todo o sempre no inferno
expurgando o universo da maldição.