Atrás daquele horizonte,
marcado pelo vermelho rosado
do fim de mais um dia,
encontrei o destino,
pelo qual a muito ansiava.
Encontrei uma paz interior,
senti minh’alma vazia,
sem ódio ou rancor,
sem medo ou pavor,
nada, nada mais me preocupava.
Sim!
Atrás daquele horizonte,
Lá no fundo da paisagem,
Lá longe, depois dos montes,
procurei e achei a passagem.
Um vale iluminado,
cortado por um pequeno regato,
que de tão límpido,
tão brilhante,
chegava a ser singular,
singelo, não secular...
A sua intensidade
marcou-me tão profundamente,
que cada segundo
perdeu-se na eternidade
daquele acalento peculiar...