Sinto o seu brilho na ponta da minha língua
Sabor de luz resplandecente...
Releva num deslize suave meu pensamento à míngua
Carícia a me arrancar suspiro candente...
Vislumbro o reflexo
Daquilo que não se imagina ainda...
Liberdade cativa desse universo etéreo
Cárcere infinito que clama uma âncora
Uma existência apenas...
Uma existência mais...
Limites que me moldam a compreensão
Disciplina que me amolda a prisão
Muito além do que a vida alude
A necessidade plural da plenitude
Que se apercebe com a singular carência
Paradoxo da intuição que me persegue a existência
O dilema da verdade rompendo a vida em seu limiar
A verdadeira liberdade é virtude do Deus a se decifrar...
Vislumbro o reflexo
Daquilo que não se imagina ainda
Sinto o seu brilho na ponta da minha língua
Sabor de luz resplandecente...