Muito se fala e pouco se consome,
em uma linha na escala, de um escasso pronome,
refletindo no olhar, uma faísca de orgulho,
que num parco chorar, é um insinuar de engulho.
Dos gestos que faz, de pronto, na face revela,
como um disfarce sagaz, pra vida que se atrela.
E no rompante amargo, de uma decisão silente,
passa, sofrível, ao largo de uma atitude latente.
E entoando um assunto, com risco e cisão,
consome-se no vencer junto, sem nenhuma reação,
dando aspereza ao fato, que a verdade oculta,
como um ser abstrato, de uma sanha estulta.
Por toda solipsa causa, há uma busca de ajuda,
num ressoar que pausa, que ofusca e muda,
e joga no ralo da lucidez, o amargor do persistir,
para que o abalo na altivez, não seja a dor do ressentir.