Lu de Paula

Oito

 

Poetas de todos os tempos me encontram e contam tua história.
Compositores e cantores estão chatos, falando por nós...
Infernais! Me invadindo a memória.
Que memória?
Desde o útero, agora, resumida em oito dias..
Consumida por oito letras.
Leonardo,
Há oito, eu como e bebo vc!
Às oito, te quero a frente da mesa... De vários cafés, em todas as beiras..
Redondas, quadradas, rústicas, de bar..
Para que cadeiras?
Não! Quero sem eiras.
Quero entrar!
O café vai continuar amargo.
Negro, refletindo a imagem mais vista.
Há oito séculos, minha voz busca a tua.
Que sorte!
Não! Não quero estancar o sangue. Fechar o corte. Nenhum dos clichês.
Dessa vez, sem morte!
Por sua vez, tocada...pudera.
Indo e vindo frenética... Quer porquês!
Quero a esquizofrenia nossa de cada dia...
Pra sentir errado o gosto do amor que nunca, nunca entedia.

28/08/20
13:38h