Samuel SanCastro

Liquefeita

Se te derreteres, que eu seja recipiente

 

Para amparar teus fluidos,

 

Para provar teus sucos,

 

Pra destilar tua mente.

 

Mas não te derretas agora, querida!

 

Pois, a tarde inda é menina.

 

E te quero inteira e plena.

 

Qual poeta de pena à mão.

 

Quero ver-te dissolver.

 

Em momento oportuno.

 

Em meus braços, em meus lábios.

 

De amor, desejo e paixão.