Luzes...
Não muito longe, quando a manhã se levanta
Passarinho, canta para mim!
Teu cantar acalanta
Não sei, cantar tão sereno assim...
À tarde, quando o sol arde e o cansaço já invade
Sinto na pele, suavemente beija-me a brisa
Beije-me brisa, seja meu refrigério da tarde!
Porém, nas folhas percebo, já está de saída...
Volto a debruçar o olhar no horizonte
Quando a tarde se vai, linda, vestida em dourado
Despeço-me do dia, vê-lo ir emociona-me
Tanta beleza, aos olhos parece pecado...
Envolto pelo véu negro da noite, o sono tortura
Recebo o açoite...
Pela vidraça olho o céu, a lua. Clara e nua...
Anseio a luz divina, a única que não parte...