JUCKLIN CELESTINO FILHO

NO LIXO DA HISTÓRIA (23/10/20)

Já vi muitos nos crepúsculos

Das carreiras,  impingirem

Derrotas, à glória 

Que detinham -- derraparem

Nos seus atos derradeiros,

Quando deles,

0 melhor se aguardava --

Senão brilhantes,

Mas com a certeza 

Do dever terem cumprido,

Sem atentarem

Para pressões externas

Quais sejam,

Laborando com isenção 

E justeza

De oficio,

Nos seus atos derradeiros!

É o que acontece, quando cria-se

Heróis de capa e revista,

Os tendo por grandes na escala 

De importantes  personagens,

Aos olhos e ouvidos de quantos,

E tantos

Cegos, deslumbrados!...

À primeira vista,

Ver-se logo, o quão 

Estavam enganados!

Os heróis que criaram,

De pronto , demonstraram,

De que estopa pequenina

Eram formados,

Quando o mínimo 

Deles, se esperava:

Uma atitude  proativa,

A assertiva 

De serem ouvidos,

E algo deliberarem,

Para deslinde

De uma questão  

De monta,

Que a Corte Suprema 

Se defronta,

Não a covardia 

De fugirem do problema,

Deixa-lo morrer

Sem solução!

Ponhamos as cartas na mesa,

Sem empulhação ,

Sem se abster

Do dilema!...

Reitera-se: sem fugirem

Do problema!...

Não me é surpesa,

Já vi alguns 

Desses heróis fabricados

Na oficina da insensatez,

Em grande escala,

Fraquejarem por mais de vezes,

Na hora do voto decisivo!...

E a históriagrafia 

Dos  fatos implacável

Não se cala:

Contundente, inflexível

E ligeira, na cara, o dedo aponta!...

E cai a máscara do engodo:

Os heróis de mentirinha,

Vão para o lodo --

0 lixo da história!